O poetinha já havia dito: “Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!”.
Amigo!
Já perceberam que o simples ato de dizer esta palavra faz com que nos sintamos bem? Parece que a palavra AMIGO é como um e-mail que chega com vários arquivos anexados: amor.txt, afeto.doc, brincadeira.cdr, confiança.pdf, cuidado.rar e por aí vai...
E quantas definições temos para essa palavra? Amigo é isso, amigo é aquilo... amigo faz isso, amigo faz aquilo... um verdadeiro amigo é assim... assim assado!
Penso que as definições não importam.
Se perguntarmos a uma criança qual o significado da palavra amigo, provavelmente vamos ouvir: “Amigo é amigo!”. Ah! Quisera eu a sabedoria inocente das crianças! Por que complicar o que é tão simples?
Amigo não precisa de explicação. Amigo é amigo, sem adjetivo. Aliás, amigo é o próprio adjetivo. Bom amigo é pleonasmo. Amigo ruim... alguém já viu?
Amigo é uma palavra tão forte que se um desconhecido aparece com um sorriso largo no rosto e um “bom dia, amigo!”, quebra o gelo como se tivesse usando o machado que o pessoal do Nenhum de Nós pedia na década de 80.
Amigo!
Ontem, disseram, foi dia do amigo. Confesso que não sou fã de datas comemorativas. Dia disso, dia daquilo... grandes criações dos publicitários! Passei o dia perambulando pelas redes sociais enquanto trabalhava. E recebi dezenas, talvez centenas de “feliz dia do amigo!”. Bom isso! Bom ser lembrado, bom ser reconhecido como amigo!
À todas as pessoas que me felicitaram pelo dia, agradeço de coração! Um feliz dia do amigo para todos nós, todos os dias!
Hoje já não é dia do amigo. Mas... isso importa? Num mundo onde os valores têm sido cada vez mais distorcidos em prol de interesses escusos, todo dia deveria ser dia de dizer:
Feliz dia, amigos!