sábado, 30 de julho de 2011

Estrelinha



Tem dias que me lembro de você.
A noite chega e te procuro no céu.
Te chamei de estrela mais bonita e, vê... ela continua lá!
Aí eu pego o violão e toco sua música. Sinto como se você pudesse ouvir.

Faz tempo eu não consigo me lembrar das nossas brigas, nem das vezes que te deixei furiosa quando eu não sabia ser maduro.

Eu só me lembro de quando a gente ria e imaginávamos um mundo sem problemas, quando saíamos para tomar sorvete e passear sem rumo pela cidade, quando brincávamos de sermos crianças ou quando simplesmente não brincávamos...

Ah!
Quantas vezes demorei a dormir enquanto olhava seu sono!
Quantas vezes te acordei com um beijo, mesmo sabendo que às vezes você se irritava!
Eu quis você para sempre.
Eu quis tanto ser do seu tamanho!

Mas eu sou menino pequeno.
E você sempre foi maior que eu.

Lembro do dia que parti e, sabe, não dói mais. Nossas lágrimas se misturaram no último beijo e eu disse que você era a pessoa mais maravilhosa que eu havia conhecido.

Você é...

Você é a própria estrela que brilha lá em cima, que eu admiro agora, olhando pela janela. Você é a parte doce da minha história.
Minha amiga, minha amada, minha estrela...

Tem dias que me lembro de você.
E isso é tão bom!

domingo, 17 de julho de 2011

Ao meu Incrível Hulk



Diz-se de incrível inacreditável.
Ele é.
Tal qual Marley, do livro.
Do John Grogan.
Do filme, Marley e Eu.
Um cão.
Um labrador amarelo, desengonçado, trapalhão.
Uma peste.
De uma inteligência absurda, aprende tudo que lhe é ensinado. Aprende e faz tudo ao contrário. 
É um destruidor como Hulk, dos quadrinhos. 
Do Stan Lee. Aquele verde... 
Com uma diferença: é um destruidor manso, desastrado, sem fúrias. 
Suas destruições consistem em sofás, armários, rodapés, chinelos, sapatos, meias, paredes, e tudo que lhe é posto como "não pode". A sua última foi a bateria do meu celular. Não achou o gosto bom, porque não a devorou por completo. 
Sim, ele come as coisas... Tijolos, côcos que caem do nosso coqueiro, pedras, baratas, caracol, seus próprios pêlos, cordões, pregadores de roupa, plásticos, tapetes e por aí vai... 
Já tomou cerveja. Ficou bêbado, comeu a latinha. 
Ronca despudoradamente. 
Dorme com as patas pra cima. 
Se enlouquece ao ver o mar. Adora nadar, adora água. Nada batendo as patas na água, brigando com os pingos que sobem. Só não se joga na piscina quando não tem ninguém dentro. 
Assiste TV. Late quando cães aparecem na TV. 
Vive chamando pra brincar. De qualquer coisa. Principalmente de morder. 
Cumprimenta as pessoas pulando e latindo atrapalhado. 
Abana o rabo a qualquer movimento que lhe pareça um chamado. 
É um moleque grande. Sem noção de sua força, sem muita noção, afinal... 
Obedece quando lhe convém. Desobedece o resto do tempo. 
Apaixonado por pessoas, por estripulias, por água... 
Tão endiabrado e tão alegre! 
Não há como não rir de suas peraltices, por mais raiva que às vezes elas possam provocar. 
Hulk realmente tem cara de "eu amo todos vocês". 
Uma peste apaixonante, enfim...


Escrevi este texto em 2009, pouco tempo antes de compor a canção que fiz ao meu incrível Hulk.